89 espécies de mamíferos
Estão registradas 89 espécies de mamíferos, algumas de grande porte e do topo da cadeia alimentar, dentre elas a Anta, Tapirus terrestris, herbívoro que procria e pasta rotineiramente em Iterei . A anta está na categoria em perigo no Estado de São Paulo e é considerada Vulnerável pela UICN. Várias espécies que vivem em Iterei são endêmicas da Mata Atlântica, muitas encontram-se na Lista da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo, outras na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção ou na Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas. A Família Felidae é representada pelas onças pintada e parda Panthera onca e Puma concolor, pela jaguatirica Leopardus pardalis e por três pequenos felinos: gato-mourisco Herpailurus yagouaroundi, gato do mato Leopardus tigrinus e gato-maracajá Leopardus wiedii. Todas estas espécies estão incluídas na lista de espécies ameaçadas no Estado de São Paulo e todas, com exceção do gato-mourisco, são consideradas vulneráveis pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA, 2003).
Os canídeos incluem o cachorro-do-mato ou lobinho Cerdocyon thous e o cachorro-vinagre Speothos venaticus, esta última criticamente ameaçada de extinção no Estado e considerada vulnerável. Quanto aos primatas todos as 4 espécies inclusive o macaco-prego Cebus nigritus são endêmicas da Mata Atlântica e as 3 demais espécies ameaçadas, segundo a IUCN (2007), sagüi-da-serra-escuro Callithrix aurita, sauá Callicebus nigrifrons e bugio-ruivo Alouatta guariba clamitans.
XXV | 1980 | Coati por Rugendas, 1821-1829- Nasua nasua Linnaeus, 1766 , Cartão Postal| Iterei | 36 |
Duas espécies da Família Procyonidae, Nasua nasua e Procyon cancrivorus, ocorrem em Iterei, sendo esta última provavelmente ameaçada de extinção no Estado de São Paulo.
A Família Mustelidae é representada por quatra espécies: a irara Eira barbara, o furão-menor Galictis cuja, a ariranha Pteronura brasiliensis e a lontra Lontra longicaudis, dentre estes mustelídeos, apenas a lontra é considerada vulnerável à extinção no Estado de São Paulo e ocorre amplamente ao longo do Ribeirão Caçador/ Iterei e das corredeiras que a ele afluem. Cinco espécies da Ordem Artiodactyla ocorrem neste Refúgio: da Família Tayassuidade, cateto Pecari tajacu e queixada Tayassu pecari e da Família Cervidae, veado-mateiro Mazama americana, veado-catingueiro Mazama gouazoubira e veado-bororó Mazama bororo, sendo esta última endêmica da Mata Atlântica, restrita principalmente à BH do Ribeira de Iguape e do Alto Paranapanema. Cateto e queixada são considerados, respectivamente, vulnerável e em perigo no Estado de São Paulo e as três espécies de veado estão inclusas na categoria DD da UICN. Os roedores de grande e médio porte da região são a cutia Dasyprocta azarae, considerada vulnerável no Estado de São Paulo e pela UICN, a cutia D. agouti, endêmica da Mata Atlântica, a paca Cuniculus paca, vulnerável à extinção no Estado de São Paulo, o Ouriço-preto Chaetomys subspinosus é endêmico e está na Lista Brasileira de Espécies Ameaçadas de Extinção. A Ordem Xenarthra é representada em Iterei por sete espécies: os tatus da Família Dasypodidae, Dasypus novemcinctus, D. septencinctus, Cabassous tatouay e Euphractus sexcinctus; os tamanduás mirim , considerado provavelmente ameaçado de extinção no Estado de São Paulo e o bandeira Tamandua tetradactyla e Myrmecophaga tridactyla e a Preguiça Bradypus variegatus, havendo também registros em Iterei da preguiça-de-coleira Bradypus torquatus , endêmica da Mata Atlântica