2191- 11ª COP CDB
Aliança RECOs |
Esclarecimentos que se fazem necessários:
As “commodities ambientais” são opostas ao modelo econômico e de produção das “commodities convencionais”, sendo que a geoengenharia, transgenia, biologia sintética ou quaisquer outros meios tecnológicos correlatos não fazem parte da produção de “commodities ambientais”. No entanto temos conhecimento de que há pessoas inescrupulosas, grupos empresariais e financistas usando indevidamente um trabalho de anos de consulta pública fundamentados em estudos e pesquisas sérias para outras finalidades e para beneficiar, principalmente, o mercado financeiro. Confundem “créditos de carbono” com “commodities ambientais”. Tratam as “matrizes ambientais” como “mercadorias” .
Assim sendo, justamente para defender o princípio norteador das “commodities ambientais” que nos são caros e as comunidades que são as verdadeiras proprietárias e devem ter o poder de decidir sobre os critérios de certificação, classificação e produção das “commodities ambientais”, assinamos embaixo deste manifesto em apoio a “Moratória ao uso da Biologia Sintética e da Geoengenharia”.
Amyra El Khalili – Aliança RECOs – Redes de Cooperação Comunitária Sem Fronteiras
Para compreender leia:
http://www.institutocarbonobrasil.org.br/reportagens_carbonobrasil/noticia=730493
‘Permissões para poluir não são commodities’, afirma Amyra El Khalili
11/05/2012 – Autor: Fabiano Ávila – Fonte: Instituto CarbonoBrasil
http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRVVONlYHp0MX1GdXJFbKVVVB1TP
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Quarta-feira, 17 de Outubro de 2012 | |||
Movimentos sociais da Via Campesina lançam manifesto em apoio à Moratória ao uso da Biologia Sintética e da Geoengenharia | |||
Documento enviado ao Ministério do Meio Ambiente pede a continuidade da restrição de pesquisas, introdução intencional e comercialização de organismos e produtos advindos de tecnologia sintética. | |||
Por Terra de Direitos Movimentos sociais ligados à Via Campesina enviaram nesta terça-feira (16) ao Ministério do Meio Ambiente o “Manifesto Camponês pela Moratória ao uso da Biologia Sintética e da Geoengenharia – COP 11 CDB” . O documento pede a continuidade da restrição de pesquisas, introdução intencional e comercialização de organismos e produtos advindos de tecnologia sintética. O documento foi produzindo em reação aos posicionamentos que vem sendo tomados na 11ª Conferências das Partes da CDB, na Índia. Manifesto Camponês Pela Moratória ao uso a Biologia Sintética e da Geoengenharia e Pela Vida – COP 11/CDB O MPA é parte da Via Campesina, articulação que no Brasil agrupa 11 organizações, desde os pequenos agricultores camponeses, assentados de reforma agrária, mulheres camponesas, jovens rurais à comunidades tradicionais quilombolas e de pescadores artesanais e organizações ligadas à luta pela terra e de trabalho junto a povos indígenas, e outras comunidades locais de diferentes identidades camponesas. Estas organizações atuam de modo a afirmar as suas identidades no desenvolvimento de capacidades produtivas preservando a biodiversidade e os demais recursos naturais e na garantia do exercício dos direitos dos camponeses e das camponesas. Entre os principais temas substantivos, a 11ª Conferências das Partes da CDB tem sua importância para nós por tratar de pontos específicos que nos são muito caros, em especial: a implementação dos Protocolos de Cartagena e de Kuala Lumpur sobre Biossegurança e o de Nagoya; os artigos 8 (j) e 10 (c) da CDB; a manutenção da Biodiversidade Agrícola e Florestal; as Metas de Aichi; a moratória ao uso da geoengenharia e da biologia sintética; bem como ao uso de mecanismos financeiros (TEEB e REDD), entre outros que afetam direta ou indiretamente a vida camponesa, o livre uso da biodiversidade e recursos naturais por parte dos agricultores camponeses e a garantia da vida humana na terra. Para tanto, enviamos nossas recomendações ao governo brasileiro, de modo a contribuir no processo de discussão interna da posição nacional sobre esses temas específicos. Parece-nos hoje, que apesar de todo o esforço, estas são muito pouco consideradas, prevalecendo os interesses dos setores empresariais (internacionais) e das grandes corporações da indústria química, biotecnológica e de commodities ambientais. Deste modo, apoiamos e reiteramos as propostas abaixo relacionadas à biodiversidade agrícola e florestal e à manutenção da moratória ao uso da biologia sintética e da geoengeneharia, discutidas desde há anos, especialmente quando do aprofundamento técnico-científico em debate coletivo junto a nossos pares nos processos de preparação para as conferências da CDB ( COP 8, COP 9, COP 10 e COP 11). Nós camponeses e populações tradicionais, somos os primeiros a serem afetados pelos impactos do avanço predatório da “ciência” inconseqüente e dos mecanismos de mercado contra a natureza. Brasília, outubro de 2012. Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA Brasil ++++++ |