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Nov
05

LANÇAMENTO e DEBATE| As ruas e a democracia. Ensaios sobre o Brasil contemporâneo – 13/11/13 10hs

 

‘As ruas e a democracia. Ensaios sobre o Brasil contemporâneo’
Obra de Marco Aurélio Nogueira será lançada em 13/11, no auditório da Editora Unesp, SP

[04/11/2013]

No próximo dia 13 de novembro, às 10 horas, o Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais (IPPRI) da Unesp realiza debate de lançamento do livro As ruas e a democracia. Ensaios sobre o Brasil contemporâneo, escrito por seu diretor Marco Aurélio Nogueira. Participam do evento o professor de Filosofia da USP, Renato Janine Ribeiro, autor do prefácio, e o jornalista da Revista Carta Capital Matheus Pichonelli.

Com as abas da capa assinadas por Luiz Werneck Vianna, da PUC-RJ, e a contracapa por Luiz Eduardo Soares, especialista em Segurança Pública, As ruas e a democracia reúne ensaios escritos ao sabor dos acontecimentos que marcaram os dois últimos anos e pretende refletir sobre a crise política que se agudizou no Brasil depois dos protestos de junho de 2013.

A agenda brasileira está posta. A superação da ditadura nos anos 1980 não teve força para democratizar e ajustar as instituições políticas nem para impor um novo modo de fazer política, situação que se agravou com as transformações socioculturais ocorridas nas décadas seguintes. As elites políticas – de todos os partidos, da esquerda à direita – acomodaram-se ao sistema e passaram a se beneficiar dele, desvirtuando o que havia de potência democrática. Sequer os instrumentos de participação direta inscritos na Constituição foram aproveitados.

Diante desse cenário, uma reforma em sentido forte, que modifique o sistema, produza impacto na cultura política e no modo de governar, é um desafio que só tem como ser vencido se incluir todas as forças sociais, dentro e fora do Estado. Uma reforma política cosmética, dedicada a alterar regras eleitorais, pouco ajudará.

Segundo Nogueira, as ruas de junho surpreenderam, mas as razões de sua efervescência estão entranhadas na estrutura das sociedades contemporâneas, inscritas na realidade do capitalismo globalizado, na história nacional e na conjuntura política, expressando a força desconstrutora e reorganizadora do processo de radicalização da modernidade capitalista.

A principal hipótese do livro é que o Brasil conheceu em junho a face mais visível de uma crise da política que vinha de longe, que trocara sua manifestação explícita por uma latência recorrente que aos poucos foi corroendo a representação política e pondo em xeque a legitimidade dos governos.

O sistema político, em sentido estrito, surge nela como a ponta de um iceberg, o protagonista que sintetiza o que há de perverso no todo. Questionou-se o sistema vivo, aquele que se mostra na conduta dos políticos, dos partidos e dos governantes, na falta de ideias generosas com que dar um sentido de futuro à sociedade, na facilidade com que se permite o enriquecimento de certos atores e a disseminação de ilícitos de todo tipo. Não se recusou o sistema escrito, constitucionalizado, nem a democracia política como tal, mas o que funciona (ou não funciona) de fato.

Em junho de 2013, a hipermodernidade se anunciou com força na política. Trouxe consigo uma nova politicidade, à margem de partidos e organizações e repleta de tendências “niilistas” pré-políticas. Para o autor, não faz sentido romantizar os protestos, vê-los como sendo o anúncio de uma democracia revitalizada. As vozes da revolta verbalizaram demandas reais, disseram muitas coisas, mas não forneceram soluções. Despertaram consciências e tiraram a política da letargia, mas não anunciaram uma revolução. É impossível saber se continuarão mobilizadas, mas pode-se dizer que é improvável que cheguem muito longe, a ponto de impor mudanças substantivas. Mesmo assim, seu efeito positivo não pode ser desprezado. Depois de junho, a vida política não será mais a mesma, ainda que demore a mudar.

Sumário – Além da apresentação, o livro contém seis capítulos: Brasil, junho 2013: as vozes das ruas e os limites da política; Depois de junho. Sobre as respostas governamentais;  Voo panorâmico sobre o governo Dilma; Crise e reforma política; Mídia, democracia e hipermodernidade; A corrupção que não sai de cena.

Sobre o autor – Marco Aurélio Nogueira é Professor Titular de Teoria Política, doutor em Ciência Política pela USP, com pós-doutorado na Universidade de Roma. Foi diretor da Editora Unesp e da Escola de Governo e Administração Pública da Fundap (SP). Colunista do jornal O Estado de S. Paulo, é autor, dentre outros, dos livros Em defesa da política (São Paulo, Editora Senac, 2001), Um Estado para a sociedade civil. Temas éticos e políticos da gestão democrática (São Paulo, Cortez, 2004), Potência, limites e seduções do poder (São Paulo, Editora UNESP, 2008) e O Encontro de Joaquim Nabuco com a política (São Paulo, Paz e Terra, 2010).

 

Catálogo
Livro: As ruas e a democracia. Ensaios sobre o Brasil contemporâneo.
Autor: Marco Aurélio Nogueira
Editoras: Brasília: FAP; Rio de Janeiro: Contraponto.
ISBN: 978-85-89216-44-9 • 2013 • 228p. • R$ 30,00

Local do evento
Auditório da Editora Unesp
Praça da Sé, 108 – 7º andar – São Paulo (SP)
Horário: 10 horas
Informações:
Tel.: 11-3116-1800
ippri@ippri.unesp.br
http://www.facebook.unesp.br/IPPRIUNESP

Assessoria de Comunicação e Imprensa do IPPRI_Unesp
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—– Original Message —–
From: Sandra
Sent: Tuesday, November 05, 2013 3:01 PM
Subject: “As ruas e a democracia. Ensaios sobre o Brasil contemporâneo”, lançamento e debate dia 13/11/13 às 10h

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